Resenha- A Escolha, de Nicholas Sparks

                                     

Livro: A Escolha ( The Choice)
Autor (a):  Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 196
Ano: 2016
Classificação: ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐  (Excelente!)


A capa é legal, mas o conteúdo... Esse sim está de parabéns: uma médica comprometida, - a Gabby - se muda e conhece seu vizinho Travis. São muitos giros, implicâncias, idas e vindas até que tomam a decisão de se conhecerem melhor o que vai acontecendo durante um fim de semana que eles passaram juntos. Ela, sempre com com um pé atrás já que namora, mas pouco a pouco vai notando que sente algo a mais por Travis, e esse amor com o vizinho vai render muitas escolhas.

Para quem pensa que a história se resumi em uma única e simples escolha em relação a um relacionamento (assim como eu no início) tem muito mais que eu não posso contar porque é spoiler demais. Mas garanto que a escolha principal é bombástica e de tirar o fôlego.

É o primeiro livro do autor que leio e eu tenho certeza absoluta de que não vai ser o último. Apesar de adorar livros com narrador personagem, isso não me fez a menor falta porque o narrador observador das páginas é extremamente competente. Ah, uma coisa que eu não posso deixar de contar é que até quando um personagem come uma maçã que seja, já parece real do jeito que o Nicholas Sparks escreve. Todos os personagens da história são vivíssimos (inclusive, eu só queria que o autor me desse de presente a Stephanie, Irmã do Travis pra ser minha melhor amiga!)

Sabe aqueles romances de fazer mal para o estômago de tão açucarados? Pois é, não é o caso do livro. Ele sabe dosar muito bem a quantidade de amorzinho e sabe colocar todas as emoções nos momentos certos, sem sobrecarregar. Um pouco de humor, amor, reflexão, suspense e para o final, nada mais nada menos que um fim surpreendente. Sem falar as vezes que achamos que uma coisa é uma coisa mas que na verdade é outra. Nicholas sabe como enrolar o leitor para revelar uma informação importante só para ficarmos super curiosos. 

Sem brincadeira, é o livro mais surpreendente e cheio de reviravoltas que eu já li. Nas últimas páginas a gente prende a respiração na hora em que a Gabby... Opa. Quer saber tudo logo agora? Calma aí, vai ler o livro inteiro que eu dou a minha palavra que não vai se arrepender!

Espelho, espelho meu

 Às vezes a gente tem uma vontade enorme de ter o espelho da madrasta da Branca de Neve, aquele que fala e elogia a Malévola. Mas pensando bem,  em algumas partes ele a rebaixava e dizia que a Branca de  Neve era mais bonita e disso, cá entre nós, a vida já está cheia e não precisa de espelho algum.
  Uma pessoa se vê no espelho e parece que ele diz "ei, você está fora dos padrões de beleza, anda, vai mudar isso!" Mas essa voz vem na verdade não do espelho, vem de quem se vê refletido nele. Sabe, sob o efeito das caraminholas que acabam colocando na cabeça. Depois daí, começa uma paranoia de tentar se mudar, caber em uma roupa em que não cabe, ter um talento que não tem, ser quem não é.
   Dar ouvido ao que está em volta, pode acabar mudando o que está dentro de você. Não, não é para se culpar individualmente, acontece com todo mundo. O que acontece é que alguns param de se importar mais cedo do que outros. Cada um tem o seu diferencial, e o seu defeito de hoje pode ser o charme de amanhã. Imagine só, mais de sete bilhões de pessoas no mundo e todas iguaizinhas, de corpo esguio e cheio de curvas, de pele de uma só cor e cabelos perfeitamente com um mesmo penteado, o que se dizia  "tendência"- vira mania-.
    Perceba o que tem de melhor, liste suas qualidades, abra os olhos e principalmente a mente. Seja diferente, quebre esse tal padrão de beleza. Olhe para o espelho e peça desculpas para aquele alguém tão especial que está refletida. O segredo, é se assumir em vez de sumir. Por quê? Porque o único padrão de beleza que não pode ser quebrado é o seu. É, ninguém vai se encaixar perfeitamente nas suas características o que prova que você é único.
    Com o tempo, percebi que aquela que está refletida em minha frente pode e deve ser minha amiga. Se eu não gostar do que aparento, meus defeitos não vão deixar de existir e muito pelo contrário, eles vão até se destacar, só que para um lado negativo. A melhor solução é cultivar amor próprio. Afinal, se não gostar de mim mesma, garanto que a sociedade é que não vai.
    E logo depois que a nossa relação com o espelho estiver mais amigável, com todo o respeito que tenho pelas histórias da Disney, acredito que a frase da madrasta merece uma correção. Pare, repare e encare o espelho e não mais pergunte, e sim afirme: "espelho, espelho meu, quem faz padrão de beleza sou eu".